Quadradinhos

Hoje, começamos a aula com a autonomia de alongamento, cada um alongou seu corpo da forma que achava que seria melhor para o trabalho, então passamos a andar pelo espaço de forma focada e determinada, tínhamos de eleger um objeto ou uma parte da sala para irmos até lá e depois mudar rapidamente de foco. Passamos a colocar o foco nas pessoas, até focarmos todos em uma única pessoa. Cada um possuía uma forma de focar, alguns ficavam perto, outros longe, outros imitavam ou tocavam. Quando todos estavam focados em mim, tentei um pouco de tudo: andar, pular, me abaixar, me esconder. Até que em determinado momento eu resolvi correr, e de repente a Thaís surgiu na minha frente e me deu um abraço, fiquei desnorteada, sem saber o que fazer, é muito incrível a forma como os outros corpos surpreendem o nosso.

Fomos para o intervalo, e quando voltamos tinham vários quadrados de fita adesiva no chão, de diferentes tamanhos. O Tursi pediu para que cada um escolhesse um quadrado e depois para que experimentássemos movimentos dentro dele, a criação com uma limitação de espaço gerou em nos possibilidades que não havíamos pensado antes, mesmo com toda a possibilidade livre de espaço. Após explorarmos nossos corpos, começamos a interagir com outras pessoas, mas em quadrados diferentes, tive que buscar novas possibilidades de dançar como alguém, mas em um quadrado menor ou maior e de chamar a atenção de quem estava em outro quadrado.

Então passamos a fazer os movimentos no mesmo quadrado que nossa dupla, quando cheguei até a Monize, ela já estava com várias ideias de dança para me propor, mas tivemos um grande desafio ao juntarmo-nos com outras duplas em um mesmo quadrado, explorando as possibilidades, foi bem mais difícil trabalhar em sintonia assim.

Ao final da aula dividimos nossas sensações e dificuldades na roda e depois fomos cantar parabéns e comemorar a vida do Luquinhas.