Meu Pés! Nosso lindo Pés!
Já tinha alguns meses que eu não participava dos ensaios e lá estava eu, morrendo de saudades de estar com esse povo cheio de brilho. Que saudade da Ana, da Marina, do Rojes, Monise, Fernanda <3 Essa falta de gasolina no Brasil não os permitiu ir ao ensaio!
Começamos a nos aquecer e mesmo trabalhando com repetição, buscamos variações nos movimentos, motivo pelo qual o aquecimento pareceu outro. Esticar o corpo, contrair, torcer e se mexer como puder! Ali vi o Samuel no chão brincando de “fazer o possível e o improvável” com as articulações. Que felicidade! Sempre que eu to com vocês eu me lembro que somos todos humanos e que todos têm limitações e facilidades em graus diferentes na vida. Ver o Samuel dançando me fez querer dançar também!
De repente um exercício novo. Bastões! Todos estavam animados para experimentar. A animação para trabalhar foi contagiosa e nos fez ir para lugares novos, onde a criação colaborativa se encaminhou para lados semelhantes de intenção.
O nosso mais novo espetáculo esta vindo e o tema já está aqui. Andando juntos, de mãos dadas a gente possibilita esse encontro de criadores, criadores e obra, obra e público. Tô feliz de estar como a nova Assistente de Direção, depois de 3 anos no grupo.
Experimentando com cada um dos integrantes, quase tudo se modifica, pessoa, movimentação, energia, (as vezes) o objeto de condução do movimento, música... No Pés, o que fica, mesmo mudando de um parceiro de dança para outro é o afeto, a escuta de si e do outro e talvez o mais importante, a atenção (que não deve ser confundida com foco neste trabalho). A atenção vai além do fazer artístico, vai além da percepção de todos os componentes em cena, vai para a o público também.
Que nossos caminhos se cruzem e entrecruzem cada vez mais com a energia “Pés” dentro de cada um de nós.